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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ROBALO 5,640kg

Olá  pessoal , vou relatar-vos a minha aventura nesta tarde de domingo.
Depois de uma bela sardinhada com a família e amigos e antes que me desse a lanzeira , peguei no resto das sardinhas e fui para a pesca.
 Como ninguém quis vir, fui sozinho.
Chego ao pesqueiro com 2 horas de enchente , tinha uma coroa de areia ai a 50 m e um belo fundão à minha frente .
 Tinha um bocado de vento de frente, que para pescar á bóia não dava lá muito jeito , montei então a cana de bóia só com um chumbinho de 10gr,e comecei a pescar ao tente com sardinha.
Iscava os lombos e ripava o resto da sardinha à mão para engodar. estava com um anzol nº2 ,mas como o anzol vinha sempre vazio e não sentia nada talvez por causa do vento, mudei para um anzol mais pequeno dos que uso para os carapaus, nisto ferro um cachacito, depois outro, mais uma sargueta bem a pesca está-se a compor .
Mais um lombinho de sardinha, quando um mal educado sem pedir licença arranca desvairado fazendo ranger o meu pequeno catana4000 .
Sem sair  do fundo e sempre a cantar parecia um comboio sem travões, é claro que isto é música para os meus ouvidos, aperto um bocado com ele e vislumbro qualquer coisa, mais uma arrancada e a minha power x f1 sempre a bailar ao sabor do mal educado, temos dança temos música não podemos pedir mais nada ,só talvez imaginar uma maneira de tirar aquele dinossauro que apareceu ao cimo de água já com os bofes de fora.
Bem pessoal imaginem eu a 5/6 metros de altura com um cana de bóia com 0,25 com um anzol fininho dos carapaus atracado a um robalão com 82cm(medida à posterior)e SOZINHO.
 há bocado dançava a cana ao sabor do peixe, agora era eu que dançava ao sabor nem sei de quê, estou agarrado ao peixe, a rabeca ainda por estrear na mala do carro, o xalavar só tem 4m, lindo serviço.
10min e o peixe levava-me para a direita depois para a esquerda parecia que estava a aprender a dançar.
20 minutos que parecia uma eternidade
Meia hora ainda eu andava nesta brincadeira, quando vejo dois gajos com as mochilas de pesca às costas a virem na minha direcção, que maravilha, começo aos berros assobio levanto um braço, consegui fazer-me entender e eles vêm a correr na minha direcção. BOA!
Eles chegam e deparam-se com aquele espectáculo de fazer tremer as pernas a qualquer um.
Peço por favor para me irem buscar a rabeca ao carro que estava ali a nem trinta metros .
 Com calma começámos a organizar o desfecho daquela aventura. O Paulo com muita destreza coloca a rabeca na cana, (eu nunca tirei peixe algum com a rabeca) baixo a cana e a rabeca escorrega pela cana até ao fio depois até ao peixe, mais um bom bocado a sofrer visto a rabeca ter ficado ao lado do peixe.
Depois de uns quantos puxões com muito jeito lá conseguimos o casamento daquelas duas coisas lá em baixo.

 Com metade do corpo fora da rabeca parecia que a guerra ainda não tinha terminado .


Quando o peixe pousou com as escamas na pedra aquela meia hora de luta transformou-se num dia de pesca perfeito.